Consideramos como habilidade social a capacidade de empregar
comportamentos hábeis em situações específicas ao relacionar-se com outras
pessoas. A aprendizagem destes comportamentos envolve um processo
contínuo durante toda a vida, onde através de fontes importantes nos são
transmitidas normas, padrões, valores e crenças sobre nós mesmos e sobre os
personagens envolvidos em nossas interações. Desta forma, vamos
descobrindo e entendendo quais seriam os comportamentos mais adequados
para nos relacionarmos com cada grupo social (trabalho, escola, família,
amigos, etc) ou situação específica (falar em público, iniciar uma conversa com
estranho, interagir com “estranhos”, etc). As Habilidades Sociais envolvem
elementos comportamentais, cognitivos, afetivos e fisiológicos.
Dentro dos elementos comportamentais observam-se a capacidade de
expressar-se de forma verbal (falar de forma não avaliativa, utilizar perguntas
esclarecedoras, etc), não verbal (capacidade de manter contato visual,
proximidade adequada, utilizar de gesticulação, etc) e palinguístico (volume de
voz, entonação, velocidade e pausas adequadas). Sobre os elementos
cognitivos, podemos destacar a capacidade de utilizar conhecimentos prévios
em situações novas, conseguir realizar leitura do ambiente, capacidade de
resolução de problemas, ter uma boa auto-observação, assim como as
expectativas e crenças. Em relação aos elementos afetivos podemos ser
influenciados pela predisposição de experimentar compaixão, preocupação ou
consideração com o bem-estar do outro. Nossa capacidade de emitir
comportamentos habilidosos também pode estar relacionada a elementos
fisiológicos como a arritmia cardíaca, pressão sanguínea, fluxo sanguíneo e a
própria forma como respiramos. Esses elementos podem facilitar ou atrapalhar
o desenvolvimento de habilidades sociais.
As principais habilidades sociais envolvem:
Comunicação
Capacidade de fazer e responder perguntas; elogiar; pedir e dar feedback;
iniciar, manter e encerrar conversas, etc.
Assertividade
Capacidade de defender e exercer direitos, ser tratado com respeito, mudar de
opinião, etc.
Empatia
Capacidade de falar sem avaliar o outro, perguntar de forma esclarecedora,
manter contato visual, postura, proximidade, gesticulação, controle do volume
de voz, entonação, etc.
Civilidade
Capacidade de apresentar-se; cumprimentar; despedir-se e agradecer; usar
formas mais delicadas (por favor, obrigado).
Trabalho
Capacidade de falar em público, coordenar equipes, tomar decisões, resolver
problemas, mediar conflitos.
Expressar Sentimentos Positivos
Capacidade de fazer amizades, cultivar o amor, ser solidário, etc.
Expressão Educativa
Transmitir conhecimento ou conteúdo, avaliar atividades, apresentar atividades
educativas, etc.
Podemos observar que de certa forma todos em maior ou menor escala
apresentam inabilidades sociais. Mas apesar de nem sempre afetarem
diretamente nossas vidas, vale ressaltar que na ausência de comportamentos
habilidosos torna-se comum o emprego de estratégias desadaptativas para
relacionar-se com o mundo. Não é difícil ouvirmos histórias de estudantes que
não concluíram ou demoraram a concluir cursos de graduação por medo de
falar em público, pessoas que iniciaram o uso de álcool e outras drogas para
sentir-se mais desinibido ou sentir-se pertencendo a algum grupo, outros que
evitam lugares onde acreditam que não irão se comportar de forma adequada,
pessoas que não conseguem dizer não, ou mesmo pedir o tão desejado
aumento. Essas estratégias de fuga e compensação são bastante comuns e
vão nos tornando cada vez mais vulneráveis em situações cotidianas,
desenvolvendo assim padrões de comportamentos que trazem prejuízos
psicológicos e sociais. Em doenças como a depressão, capazes de gerar
grande desmotivação, afetam direta ou indiretamente as relações sociais, uma
vez que nossa auto avaliação e o empobrecimento de interações reforçam as
crenças relacionadas a própria doença. A capacidade de ser assertivo, por
exemplo, pode estar relacionada ao posicionamento de uma auto imagem
positiva e o fato de não ser assertivo pode aumentar o grau de ansiedade.
Sabemos também que o déficit de habilidades sociais tem um importante papel
em quadros como a fobia social, alcoolismo e dependência de outras drogas.
Sobretudo, independente do déficit de habilidade social estar
relacionado a algum quadro psiquiátrico, entendemos que o fator determinante
para buscar ajuda é o impacto negativo gerado na vida do indivíduo.
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